A nova prefeita de Catanduva (SP) Marta do Espírito Santo Lopes (MDB) assumiu o cargo durante sessão realizada nesta terça-feira (28), na Câmara dos Vereadores. Ela foi empossada depois do ex-prefeito Afonso Macchione (PSB) ter o mandato cassado na segunda-feira (27).
A cerimônia começou por volta das 18h e seguiu o protocolo do presidente da Câmara. Em seguida, a então prefeita fez o juramento e assinou o termo de posse.
Essa é a primeira vez na história da cidade que ocorre uma cassação de um prefeito. Ao mesmo tempo, Marta do Espírito Santo se tornou a primeira mulher a representar a cidade.
Durante a possa, moradores protestaram contra a decisão. Coroas de flores foram colocadas com nome dos 10 dos 13 vereadores que votaram a favor da cassação de Afonso Macchione.
Depois de receber a placa com o termo de posse, Marta do Espirito Santo lamentou a cassação de Afonso Macchione.
“Nós estamos com o plano de seguir as diretrizes que traçamos junto com o ex-prefeito Afonso Macchione. Isso que a gente pretende cumprir. Estou um pouco emocionada, pelo que aconteceu aqui na Câmara, mas acho que o caminho é esse. Vou manter a equipe que é excelente”, diz a nova prefeita.
O ex-prefeito teve o mandato cassado durante uma Comissão Processante que entendeu que ele cometeu uma infração político-administrativa ao determinar, por meio de decreto, o uso de veículos escolares para transporte coletivo no final do ano passado e no início de 2019.
Na época, o município ficou sem empresa concessionária para assumir o serviço dos ônibus circulares.
De forma emergencial, motoristas e veículos do transporte escolar foram para ruas sem realizar a cobrança de tarifa para os passageiros.
Durante o processo, os vereadores ouviram nove testemunhas, entre elas, funcionários públicos. O relatório foi dividido em 10 volumes. Ao todo, são quase 2 mil páginas.
Afonso Macchione nega as irregularidades e explica que usou os veículos escolares no período de férias dos alunos para que a população não ficasse sem o transporte coletivo. No entanto, a comissão entendeu que ele não poderia ter feito isso.
Ele também afirma que a cassação foi política e não pela Justiça. Por isso, não pretende não recorrer.
Por G1 Rio Preto e Araçatuba